Comitê organiza manifestação pelos 30 dias do assassinato do jornalista Rodrigo Neto

Na próxima segunda-feira (8), uma manifestação no centro de Ipatinga vai marcar os 30 dias decorridos desde a execução do jornalista Rodrigo Neto. O movimento articulado pelo Comitê Rodrigo Neto acontece às 13h, na Praça 1º de Maio.

Formado por profissionais da imprensa, colegas de trabalho e amigos do repórter covardemente assassinado, o Comitê Rodrigo Neto voltou a se reunir nesta terça-feira (2). Além de um balanço das atividades realizadas até o momento, os integrantes do grupo definiram novas ações para cobrar a apuração do crime.

Na última semana, a equipe da Polícia Civil de Belo Horizonte que investigava o caso na região retornou para a capital. Segundo matéria publicada pelo jornal Diário Popular, nota divulgada pela PC informou que a fase de apuração em Ipatinga foi concluída e as demais averiguações continuarão a ser feitas em Belo Horizonte. Entretanto, nenhuma informação foi passada a respeito da identificação dos autores do homicídio.

A campanha desenvolvida pelo Comitê tem como slogan “Rodrigo Neto – Sua voz não vai se calar – Chega de impunidade!”. A manifestação na próxima segunda-feira também acontece com este tema e deverá reunir familiares e amigos de outras vítimas de crimes que permanecem impunes.

Na próxima sexta-feira, a imprensa da região  volta a publicar em conjunto mais uma reportagem elaborada pelo Comitê Rodrigo Neto, que retoma casos investigados pelo jornalista assassinado. Já foram abordados na série de matérias a ‘chacina de Belo Oriente’, o desaparecimento da mototaxista Adriana Terume Onaka Debelli e o assassinato da missionária Anelise Teixeira Monteiro. Em todos esses crimes as investigações foram inconclusivas e seus autores não foram identificados.

O crime
Rodrigo Neto de Faria, 38 anos, foi assassinado por volta da 0h30 do dia 8 de março deste ano, numa das mais movimentadas avenidas de Ipatinga. Repórter investigativo e bacharel em direito, ele mantinha um programa no rádio em que abordava crimes cujas investigações não tinham sido concluídas. Em vários destes homicídios, havia a suspeita do envolvimento de policiais e até de grupos de extermínio.

O jornalista foi executado por dois homens que estavam numa motocicleta e o surpreenderam quando entrava no seu carro. Rodrigo Neto foi atingido com um tiro na cabeça, outro no peito e um terceiro nas costas. Ele já havia procurado o Ministério Público e a polícia para comunicar ameaças que teria recebido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário. Mensagens desrespeitosas não serão publicadas.